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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ih! Enrijeci.

De tanto deixar transparecer meu eu cru e bruto,de tanto acreditar nas pessoas,de tanta esperança vã,endureci por fora;não foi ninguém que me pediu para que eu me tornasse assim,foi a vida que me lapidou dessa maneira:palavras não mais me iludem,atitudes...bem essas talvez ainda surtam algum efeito,mas não sou mais a mesma.A solidão te dá injeções de auto-crítica,te torna mais realista e também te torna mais cético.Tenho aprendido que não devemos ter tanta expectativa de alguém,que o ideal é deixar fluir,sem muito se importar,sem dar muita atenção.O receio me torna reclusa dos meus sentimentos,permite que algumas pessoas fiquem à deriva,compromete-me com o descaso...Sim,porque não enfatizar belos descasos da minha parte?
Não é por pirraça ou má vontade,faz parte do meu casulo,da minha armadura.Se um dia alguém for capaz de destruí-la com muito ímpeto e merecimento quem sabe eu não me transmute num doce paraíso?
É só me deixar ser pra que eu te deixe ser então.

2 comentários:

  1. Eu realmente me identifico com o texto. As situações que a vida nos impõe faz com que construamos barreiras ao nosso redor, para nos isolarmos. Enrijecendo-nos.
    Mas em algum momento esses escudos são destruídos por algo ou alguém (as vezes por nós mesmos), e simplesmente nos libertamos. (Só que, ao meu ver, isso não é tão simples assim).

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  2. Pois é,é complicado,mas um dia a flor desabrocha.

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